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Como estudar de forma inteligente? (- menos esforço + aprendizagem)

Olá o/

Aqui é o Tiago, e hoje vou continuar uma conversa a partir dos comentários do vídeo “O Maior Mito sobre Estudos e Aprendizagem”. Dá uma olhada lá se tiver curiosidade. Mas vamos direto ao ponto.

O Daniel Santos trouxe uma questão interessante: “Independente da área em que eu opte pela aprendizagem, depende muito do esforço e dedicação de cada um. Você indicaria um meio mais viável?” Essa é uma pergunta relevante, e quero explorar isso com vocês.

Antes…

O que é estudar de forma inteligente?

Vou usar aqui a seguinte definição: estudar de forma inteligente é estudar de forma a aprender mais com menos esforço. Isso envolve aproveitar seus recursos (tempo, energia) da melhor maneira possível. Também envolve se adaptar ao ambiente, que exige cada vez mais estudo, mesmo que tenhamos cada vez menos tempo. Agora, vamos em frente…

Como estudar de forma inteligente

A importância do esforço e dedicação

Primeiro, concordo com o Daniel: esforço e dedicação são fundamentais. No entanto, vamos além. Suponhamos que duas pessoas estudem com o mesmo empenho, a mesma dedicação e pelo mesmo período de tempo. Ainda assim, a pessoa que utiliza estratégias de estudo mais eficientes terá melhores resultados. Ou seja, esse é um exemplo de como estudar de forma mais inteligente. E é aí que entra a questão das ferramentas.

A metáfora da furadeira

Imagine que você precise fazer um furo na parede. Você pode pegar um saca-rolha e ficar ali torcendo, dedicando muito esforço. No final, talvez até consiga fazer o furo, mas será uma tarefa árdua e demorada. Agora, se você tiver uma furadeira, o processo será mais rápido e eficiente. A ferramenta faz muita diferença.

Técnicas de estudo: saca-rolha x furadeira

No estudo, acontece algo similar. Existem técnicas que são como o saca-rolha. Por exemplo: você lê e relê o mesmo texto várias vezes. Parece que está funcionando, mas a performance imediata não é o mesmo que aprendizado duradouro. Apenas ler não é tão bom assim para aprender. Agora, a “furadeira” seria uma técnica mais eficaz, como o teste ativo.

  • Reler vs. Testar: Quando você relê um texto várias vezes, parece que está estudando muito. Mas experimentos mostram que testar a si mesmo é mais eficiente. Ler uma vez e testar três vezes gera resultados superiores. E não é só na hora do teste; uma semana depois, quem testou se lembra de muito mais informações.

Não lute contra a parede

Não precisa bater a cabeça na parede tentando aprender de qualquer jeito. Aprenda de forma útil. Teste, responda perguntas, não fique apenas lendo. Encharcar nosso cérebro com conteúdo não é o melhor caminho. É como tentar correr com pessoas nos braços. Fazer o esforço certo é mais jogo.

O Carro e a caminhada com todo mundo no colo

Imagine que você precisa chegar a um destino. Você pode escolher entre andar a pé ou pegar um carro (ou até um Uber). Se você optar por carregar as pessoas no colo e correr com elas, vai chegar lá, mas será uma jornada árdua e demorada. Agora, se tiver um carro, o processo será mais rápido e eficiente. A estratégia faz muita diferença.

Você pode ser esforçado e correr a pé, mas o carro (ou seja, a técnica eficiente) vai te levar mais longe com menos esforço. Não é sobre estudar de qualquer jeito; é sobre usar as estratégias e ferramentas certas.

Então, sim, esforço e dedicação são importantes, mas não são suficientes para o estudo inteligente. Use técnicas eficientes e você verá resultados melhores com menos tempo investido. Lembre-se: estudar não é só quantidade, mas também qualidade.

Regras universais do cérebro

Aqui está o ponto crucial: existem regras mais universais que regem nosso cérebro. Psicologia cognitiva e neurociência nos mostram que o cérebro funciona de maneira semelhante para todos nós. Claro, há diferenças individuais, mas também há padrões comuns.

O poder do estudo ativo

Uma dessas regras é que o estudo ativo funciona melhor. Em vez de apenas ler e reler, produzir respostas é mais eficiente. Lembra quando você sente que aprendeu algo bem? Às vezes, nosso sentimento nos engana. Por exemplo, olhe para o céu: você sente que a Terra está parada, mas na verdade, ela gira em torno do sol. A ciência muitas vezes é contra intuitiva. Isso vale também (e muito!) para a ciência da aprendizagem.

Outros exemplos de estratégias de estudo inteligente:

***

Como estudar de forma inteligente: um resuminho e a dica final (melhor de todas)

  • Carro vs. caminhada:
    • Esforço e dedicação são importantes, mas não suficientes.
    • A ferramenta (ou técnica) faz muita diferença no resultado.
  • Regras universais do cérebro:
    • Nosso cérebro funciona de maneira semelhante para todos.
    • Existem padrões comuns, mesmo com diferenças individuais.
  • Estudo ativo:
    • Testar a si mesmo é mais eficiente do que apenas reler.
    • Sentimentos nem sempre refletem o aprendizado real.
  • Não lute contra a parede:
    • Não insista em métodos ineficientes.
    • Aprenda de forma útil e inteligente.

A melhor dica que posso te dar para estudar de forma inteligente é:

Use as descobertas da ciência da aprendizagem e as melhores técnicas de estudo.

A ciência é o melhor método para obter conhecimento. Dela, extraímos a tecnologia: o conjunto de técnicas de estudo que funciona melhor.

É muito estranho que isso não seja ensinado nas escolas, mas é o que é…

Por causa dessa lacuna, eu criei o Hackeando a Aprendizagem. É um curso online com um resumo do que temos de melhor em ciência da aprendizagem e técnicas de estudo. Entra aí no link e junte-se a nós 🙂

Estudar de forma inteligente é aproveitar o conhecimento de outras pessoas. No caso da ciência da aprendizagem, o melhor conhecimento que a humanidade já produziu sobre o assunto.

About the Author

Tiago Azevedo
Tiago Azevedo

Doutorando, mestre e graduado em Psicologia. Especializando em Neurociências. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.

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