O Golpista do Tinder e o bizarro poder da fama
Simon Leviev faturou cerca de U$ 10 milhões (R$ 50-60 milhões) dando golpes.
Ele causou enormes estragos na vida de várias mulheres e, depois da série na Netflix, causou uma baita revolta pública.
Esperava-se que ele fosse falir com a exposição. No entanto, ele está ganhando bastante dinheiro com ela.
No Cameo, site onde fãs pagam para receber vídeos de famosos, ele fez U$ 30 mil em 3 dias.
Também está em negociação com um agente de talentos para lançar reality show, podcast e livro com dicas de sedução.
É chocante para muita gente. Como alguém pode gostar e financiar esse tipo de pessoa?
Há muitos fatores em jogo. Um dele é, simplesmente, a fama. Os seres humanos, em geral, tem uma sensibilidade à fama e ao status.
Essa “atração” por pessoas famosas, mesmo criminosos, pode conviver muito bem com sentimentos negativos em relação à ela, e pode até superá-los.
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Você já reparou no efeito que pessoas famosas tem em outras simplesmente por serem famosas?
As pessoas olham mais para e querem tirar fotos com “aquele cara da tv”, mesmo que não saibam o nome dele e nem admirem o trabalho dele.
O ser humano é um bicho social. A fama se confunde com importância social e gera efeitos nas pessoas, mesmo que elas não estejam conscientes disso.
O cérebro humano funciona, em parte, como se a ainda estivesse numa tribo com 200-250 pessoas. Lá, a fama fazia muito mais sentido.
Por causa da mudança radical no nosso ambiente nos últimos milhares de anos, essa atração pela fama hoje parece sem sentido.
Entender a psicologia humana exige olhar para além do contexto imediato, para além da aparente falta de sentido.
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