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Como tratar a angústia de querer voltar no tempo para refazer ações de momentos cruciais?

Pelas perguntas que recebo, esses problemas relacionados ao passado são bem comuns.
Existem diferentes formas de lidar com isso…

Série Dark (voltar ao passado, tempo, arrependimentos)

O básico sobre isso, pra começar a conversa, é ficar bem consciente do fato objetivo: não dá pra mudar o passado.
Sim, é óbvio. Mas a gente age como se não fosse. Nós não somos tão racionais quanto pensamos. Pensamos e fazemos muita coisa sem sentido. Uma das formas de lidar com pensamentos problemáticos sobre o passado é buscar ser mais racional.

Você pode fazer algo para mudar alguma consequência presente de algo que você fez no passado?

Por exemplo: pedir desculpas, reparar o dano, mudar o rumo da própria vida etc.
Se sim, pode ser muito útil fazer algo concreto no presente, isso pode diminuir a “viagem no tempo mental” que ficamos fazendo pensando nos “e se…” do passado.

Outra forma de lidar com essa angústia é repensar a ideia de liberdade individual.
Aqui é um terreno um pouco mais complexo (não é atoa que fujo de falar sobre liberdade x deteminismo), mas vamos pensar no seguinte: Por que você fez o que fez? Sendo como você é hoje, faria a mesma coisa novamente?

Nossas escolhas e ações não são feitas no vácuo. A forma como você pensa e o que você faz depende do seu ambiente, da sua genética, da cultura em que você vive, das experiências que teve durante sua vida…
Hoje, você vê a vida diferente da forma como via no seu passado. Mas você teve que chegar no presente e passar por um processo de aprendizado (mudança) pra isso.

Agora, de um ponto vista mais prático: O passado já era, e agora? O que dá pra fazer?

Aprender com os erros? Com certeza.

Se ver como alguém em processo de aprendizagem ajuda nisso tudo. Você não era perfeita no passado, não é agora e nem será no futuro. O que resta é fazer o melhor que dá pra fazer no momento.

About the Author

Tiago Azevedo
Tiago Azevedo

Doutorando, mestre e graduado em Psicologia. Especializando em Neurociências. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.

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