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É errado ter ciúmes?

É errado ter ciúmes? deve ser uma pergunta que muita gente se faz, uma hora ou outra. Particularmente, não acho uma boa pergunta. Explico.

Pensar em termos de certo e errado é normalmente uma questão ética/moral, não científica. Isso tem pelo menos dois problemas:

1. A resposta a “É errado ter ciúmes?” varia de acordo com a cultura.

Para certas culturas, o ciúme é moralmente correto e esperado. Para outras, é condenável e levará você a ser devorado por aranhas após a morte (ou algo assim).

Qual cultura é melhor? A resposta vai depender muito da cultura em que você formou sua forma de pensar.

2. A discussão moral pode não ser funcional

A moral tem muitos motivos para ser como é, incluindo motivos arbitrários. Por exemplo: macacos podem proibir (sujeito à surra!) outros de pegar bananas porque no passado macacos levavam choques ao tentar pegar as bananas. Porém, nenhum dos macacos do presente estava na “era dos choques” e nem sabe porque é proibido pegar bananas. A cultura de proibição permanece mesmo que o motivo para ela não exista mais.

Então pode ser que as afirmações morais “é errado ter ciúmes” ou “é certo ter ciúmes” não tenham bons fundamentos, e sejam simplesmente regras sociais repetidas sem muito questionamento.

Por que toda essa problematização? Para chegarmos ao ponto que importa:

Troque “é errado ter ciúme?” por “O ciúme tá fodendo atrapalhando minha vida?

Em vez de pensar em termos morais, vamos pensar em termos funcionais. Como sua vida tá funcionando com o ciúme? Tá indo bem? Tá indo mal?

Costumo dizer que ciúme é como pimenta: um pouco pode deixar as coisas melhores, mas uma dose maior pode estragar tudo. É uma regra geral, mas que precisa ser pensada individualmente. Afinal, tem gente que gosta de muita pimenta e tem gente que não suporta uma gota, certo?

Isso depende…

Da função do ciúme

Em algumas relações, o ciúme funciona como uma forma de demonstração de conexão emocional. Em outras, o ciúme funciona como uma máquina de desgraças. Essas diferenças dependem do grau de ciúme, da razoabilidade dele, de como ele é expresso etc.

Então, concluindo…é errado ter ciúmes?

Não sei. Na real, não acho que isso importa. Se é errado ou certo ter ciúmes pode não dizer nada sobre como o ciúme está afetando sua vida. Pode ser que a sociedade diga que é errado ter ciúmes mas você lida bem com ele no seu relacionamento e tá tudo show. Pode ser que a sociedade diga que é certo ter ciúmes, mas MUITAS relações sejam destruídas pelo ciúme.

De forma geral, o ciúme é prejudicial para muitos relacionamentos, embora seja uma emoção natural. Os efeitos do ciúme podem incluir:

  1. Quebra de confiança: O ciúme excessivo pode corroer a confiança entre parceiros, tornando a comunicação e a intimidade mais difíceis.
  2. Conflitos frequentes: O ciúme pode levar a discussões constantes e desentendimentos, afetando negativamente a qualidade do relacionamento.
  3. Isolamento: Pessoas que lutam com o ciúme às vezes podem afastar seus parceiros, amigos e familiares, resultando em isolamento social.
  4. Estresse emocional: Sentir ciúmes constantemente pode levar a níveis elevados de estresse emocional e afetar a saúde mental.

Isso se aplica a você? Sugiro algumas perguntas para pensar no seu caso em específico:

Pensar sobre isso vai te ajudar a avaliar se o ciúme é bom ou não para você e se as coisas estão funcionando bem com ele.

Se o ciúme está te prejudicando, há muita coisa que você pode fazer.

O Livre do Ciúme é um curso online que criamos exatamente para resolver isso.

Não tem nada a ver com moral, certo e errado. Isso não me importa nem um pouco. O objetivo é te ajudar a superar o ciúme, se desenvolver e melhorar seus relacionamentos.

Dá uma olhada na página do curso para saber mais.

Qualquer dúvida, entra em contato comigo.

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About the Author

Tiago Azevedo
Tiago Azevedo

Doutorando, mestre e graduado em Psicologia. Especializando em Neurociências. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.

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