fbpx

Receba as novidades do Universo da Psicologia

Atenção | 1. você receberá um email automático e precisa confirmar a sua assinatura. Clique no link que receber no seu email (confira na sua caixa de spam) | 2. Cancele quando quiser com um só clique.

Como superar ciúme retroativo? É possível, e tem técnica para isso

O ciúme retroativo (ciúmes do passado) é um problema relativamente comum em muitos relacionamentos. Como toda emoção, ele aparece em graus diferentes.

O ciúme retroativo problemático envolve uma intensa preocupação com o passado amoroso e/ou sexual de um parceiro (namorada, namorado, esposa, esposo…). Pode levar a sentimentos de insegurança, ansiedade e atrapalhar a relação atual. E pode ser uma emoção angustiante e difícil de lidar porque…bem…o passado já passou.

É possível superar o ciúme retroativo?

Como não é possível mudar o passado, você pode pensar: “Então fudeu danou-se”. Mas calma que tem jeito. O ciúme retroativo tem algumas particularidades, comparando com o ciúme do presente e o ciúme do futuro, mas é totalmente possível lidar com ele e impedir que ele estrague sua vida.

Como lidar com o ciúme retroativo

Aqui vão algumas dicas para lidar melhor com o ciúme do passado.

 

Fale com sua parceira sobre seu ciúme do passado dela

Eu sei, você já deve ter pensado em vários motivos para não fazer isso. Pode ser vergonha, medo da reação dela, medo de parecer irracional, entre várias outras coisas.

Comunicação é fundamental nos relacionamentos. Não precisa ter climão nem discutir a relação como se isso fosse um grande problema. A comunicação aberta e honesta com seu parceiro é essencial. Compartilhe seus sentimentos sem culpar ou acusar. Explique que seu ciúme não é uma crítica ao comportamento dela, mas sim uma luta interna sua.

Falar sobre o ciúme retroativo com sua parceira não é um problema em si. A forma como você fala faz uma grande diferença.

 

Limitar a ruminação

Pensamentos obsessivos sobre o passado de seu parceiro podem te incomodar constantemente e acabar “vazando” no seu comportamento e prejudicando a relação. Pratique técnicas de mindfulness (atenção plena) para treinar permanecer no momento presente e reduzir a ruminação.

Um jeito de fazer isso é focar sua atenção em atividades, não nos pensamentos intrusivos que te aparecem. Os pensamentos vão aparecer, mas você pode deixar que eles passem e voltar a focar na sua atividade.

 

Desafiar pensamentos negativos

Quais pensamentos vem à sua mente quando você sente ciúme retroativo? Comece a identificar a anotar o que você pensa. Depois, tente avaliar racionalmente. Eles fazem sentido?

Exemplo: te veio à mente o pensamento “ela ficou com outros caras” e isso te incomoda. Por que isso te incomoda? Você pode pensar “Eu quero ser O único! DE TODOS OS TEMPOS!” Isso faz sentido? É realista esperar isso?

São conversas que você pode ter consigo mesmo. É comum que o ciúme do passado envolva muitos elementos irracionais. Mas você pode avaliar racionalmente e mudar seus pensamentos.

Ps.: não necessariamente essa mudança é rápida. Pode ser necessário desafiar os mesmos pensamentos negativos várias vezes.

 

Construir a Autoestima

O ciúme retroativo pode estar relacionado à baixa autoestima. É comum nesses casos se comparar com ex-parceiros da parceira e se sentir inferior a eles.

Trabalhe na construção de sua autoestima por meio de atividades de autodesenvolvimento, como a busca por hobbies, estabelecimento e realização de metas pessoais e busca pela autorrealização.

 

Evite investigar o passado do parceiro

Se você não quer sentir ciúme retroativo, evite procurar no passado do seu parceiro aquilo que vai te incomodar.

Claro que você pode pensar em vários motivos para investigar o passado, é normal. Mas você pode avaliar se vale a pena.

Um exemplo de pergunta que você pode fazer a si mesmo é: “Isso vai melhorar minha vida no presente e no futuro? Ou só vou me incomodar com coisas que não posso mudar?”

 

Aceitar

Calma, não fica bravo. Pode parecer estranho, mas pensa comigo. O que você pode fazer com coisas que você não pode mudar?

Imagine que alguma coisa ruim aconteceu no seu passado. Você consegue mudar o passado? Não, certo? O que você consegue mudar então? As suas reações ao passado.

Reações comuns ao passado são “não posso aceitar que isso aconteceu!” e “não deveria ter sido assim!” É normal. Porém, você acha isso razoável? Continuar pensando assim vai te gerar quais consequências?

Aceitar é simples, mas não é fácil. Não é lendo isso que você vai mudar instantaneamente. É um processo que pode levar tempo e gerar muita resistência interna. Lembra do diálogo interno que temos? Pois é.

 

Repense seus pensamentos

Como você viu, pode não ser tão simples mudar os próprios pensamentos. No entanto, isso pode gerar grandes mudanças.

Exemplo: em muitos casos, o ciúme retroativo está ligado a um ideal de pureza. Um cara pode acreditar que uma mulher tem menos valor ou “não presta” por causa do passado sexual dela. Mas, o que acontece quando ele tem uma relação que gosta muito com essa mulher? Ele pode se ver dividido, em conflito. E pode pensar que está em um beco sem saída: não aceita o passado dela, mas não pode mudar o passado. E aí, o que fazer?

Uma solução possível nesse caso é reformular o ideal de pureza que sustenta essa não aceitação do passado. Ele faz sentido? É realista? É útil? É possível viver bem mesmo que o passado não seja perfeito?

Essas são só algumas questões que podem te fazer começar a pensar sobre ideias que podem estar na base do ciúme retroativo.

*

Nem sempre é fácil, mas é possível superar o ciúme do passado. Existe muita coisa que podemos fazer a respeito. Para você ter uma ideia, no nosso curso Livre do Ciúme, o módulo 4 é todo sobre Como reprogramar a própria mente. O módulo 5 é só sobre Como ficar livre dos próprios pensamentos (sem necessariamente ter que mudá-los). E o módulo 6 é exatamente sobre o ciúme retroativo: Como deixar o ciúme do passado no passado.

É um curso online, que você pode fazer quando quiser. São videoaulas gravadas + texto e materiais extras. Clique aqui para saber mais.

Se tiver qualquer questão sobre isso, fala comigo.

 

Tags:

About the Author

Tiago Azevedo
Tiago Azevedo

Mestre e graduado em Psicologia. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.

2 Comments

Leave a comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *


  1. Uma forma que encontrei para melhorar, sei que é errada, mas foi o que melhorou meus pensamentos. Abaixo explico o porquê.

    Comecei a ter relações extraconjugais com pessoas que queriam somente relacionamentos casuais, então, comecei de forma secreta a manter relacionamentos paralelos, somente sexuais com outras mulheres. Não muitas, porque para a mulher é mais difícil ter esse tipo de relação, mas encontrei algumas.

    Aqui vem a explicação. Esse ciúmes me fez muito, muito mal, a ponto de eu querer terminar com tudo e nunca mais me relacionar amorosamente com ninguém, somente sexo. Mas a pessoa que está comigo é uma mulher incrível, que sempre sonhou em viver um relacionamento e se frustrou todas as vezes em que viu uma oportunidade e foi “passada para trás”, então, como ela mesmo já me disse inúmeras vezes, “você tem o melhor de mim, meu amor!”, eu não podia deixá-la ir, porque também dava meu melhor a ela.

    Mas, esses pensamentos me perturbavam muito, ficar imaginando ela com outros caras me maltratava demais, e eu ficava frio com ela, não a tocava, não me aproximava, e minha cabeça pensando “qual a diferença de eu te beijar, te abraçar, se você já fez isso com outros?”

    Então, a única forma de eu reduzir muito foi ter esses relacionamentos, onde a culpa recai sobre mim, todo o julgamento dos antigos relacionamentos que eu colocava sobre ela, comecei a colocar sobre mim como forma de desviar o pensamento e fazer pensar que eu preciso mudar e entender que essas relações não significam nada, a não ser um alívio momentâneo. E tambem, esse tipo de relacionamento extra conjugal ajudou em minha autoestima.

    Sei que é errado, mas foi a única saída que consegui encontrar…