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Tomar a decisão não basta

Foto por Uta Scholl no Unsplash

É comum ver afirmações que falam do poder mágico das decisões.

  • “Então eu decidi que não dava mais, aí tudo mudou.”
  • “Um dia eu decidi parar de fumar e pronto. Nunca mais fumei!”
  • “Você vai conseguir SE DECIDIR que vai fazer.”
  • “Um desejo não muda nada, uma decisão muda tudo.”

Então se eu decidir hoje que vou fazer exercícios físicos todos os dias, pelo resto da minha vida, eu consigo? E seu eu decidir não comer doce nunca mais? Estudar pelo menos 8 horas por dia? Ser altamente produtivo no trabalho sempre?

Se basta decidir, por que tanta gente NÃO consegue fazer essas coisas? Tomar uma decisão é bem fácil.

“Ah, mas ter que ser uma decisão forte, de verdade!” (E o que seria isso…exatamente?)

Com certeza a decisão afeta nossa vida, mas não dá pra explicar tudo com ela.

A decisão de começar a fazer exercícios físicos é necessária, mas não suficiente para manter o hábito.

As pessoas não mantém a rotina de exercícios porque tomaram a decisão, mas porque querem emagrecer, caber em vestidos, ficar monstrão, evitar críticas, receber elogios, evitar doenças / ganhar saúde etc.

Uma pessoa com depressão severa não sai da cama só com decisão. Uma pessoa com ansiedade alta não fica calma só com decisão. O relacionamento zuado de anos não vai mudar só com decisão.

Decisão é necessária, mas não suficiente. Ela é só uma parte da história.

*

Ps.: Você já decidiu compartilhar esse texto com alguém? Não…?

Talvez com isso você faça alguém parar de te encher para você decidir algo.

Você pode parecer mais disruptivo e descolado por saber que a decisão não é o que a grande massa pensa que é.

Você também pode gostar de irritar a galera que acha que “é só decidir e pronto”, “basta você querer”, “é só ter força de vontade” (desconfio que essa última opção seja a mais persuasiva).

About the Author

Tiago Azevedo
Tiago Azevedo

Mestre e graduado em Psicologia. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.

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