É possível reprogramar o inconsciente?
Eu sei, tem muita loucura sobre “reprogramação mental” e sobre inconsciente por aí. Mas veja esse exemplo de treinamento para modificação do viés cognitivo.
Os pacientes recebem exercícios, geralmente através do uso de videogames, com o objetivo de mudar seus processos de pensamento problemáticos.
Por exemplo, os pesquisadores podem usar um aplicativo mobile para treinar usuários de álcool para evitar estímulos relacionados ao álcool.
Uma versão deste jogo exibe quatro imagens na tela – três sinais de álcool (por exemplo, uma lata de cerveja, a frente de um bar) e uma imagem relacionada à saúde (por exemplo, alguém bebendo água).
O objetivo é que o paciente toque na imagem saudável o mais rápido possível.
Jogos como esses visam direcionar os pe00nsamentos não conscientes automáticos dos pacientes que podem ser difíceis de direcionar através de um esforço consciente.
Ao tocar repetidamente na imagem saudável, o paciente aprende a “ignorar” as indicações do álcool; portanto, quando essas informações são encontradas no ambiente, elas têm menos probabilidade de desencadear o desejo de beber.
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Na verdade, isso não é novidade. Um exemplo muito mais comum é aprender a andar de bicicileta ou a dirigir: com o tempo, os processos conscientes tornam-se inconscientes (automatizados). Sua mente foi “reprogramada”: agora ela funciona em um novo padrão, e você nem precisa estar consciente disso.
O exemplo da direção é simples, mas isso funciona de maneira geral. Seus desejos, pensamentos, valores morais, opiniões, ações etc são programados também. Eles surgem automaticamente como resultado de “algoritmos” mentais inconscientes.
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A Psicologia explica a programação e a Psicologia Aplicada permite que você mude sua programação.
O [livro] Psicologia Prática é basicamente um manual cheio de tutoriais pra você fazer isso. São 107 técnicas para mudar seus pensamentos, emoções, comportamentos, relações e resultados de tudo isso na sua vida.
E aí, já tinha pensado nisso?
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Mestre e graduado em Psicologia. Vi na internet o melhor meio possível para conversar sobre a mente e o comportamento humano. Acredito que o conhecimento científico pode (e deve) ser compartilhado, e não ficar limitado a laboratórios de pesquisa e consultórios de psicoterapia. Há anos trabalho no "Universo da Psicologia", um projeto de divulgação da Psicologia em várias plataformas (blogs, Youtube, podcast, redes sociais etc) que soma mais de 200.000 seguidores.
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